quarta-feira, 5 de agosto de 2009

"Eu sei que vou te amar...

...Por toda minha vida vou te amar, em cada despedida eu vou te amar, desesperadamente, eu sei que vou te amar..." [Tom Jobim]
Assim, começo essa postagem. Um tanto atípica, estranha, questionadora! Uma [quase] análise do livro de Jabor com o mesmo nome dessa canção de Jobim...
Nunca tinha tido tantos sentimentos juntos ao ler um livro. De início instigante, mas ao adentrar no universo dos personagens me identifico e me PERTURBO na forma como eles conseguiram desdobrar as emoções sentidas em conflitos, e principalmente num jogo subversivo de amor e ódio, tudo tão a flor da pele que o torna incrivelmente mágico e subtamente cruel, essa ambiguidade permeia o relacionamento do início ao fim: eu te amo x eu NÃO te amo, eu te desejo x eu NÃO te desejo, dentre outros, e outros...
A linguagem tão bem marcada com seus palvrões ( não, não se trata de uma análise linguística da "coisa" - rs), nos desperta o limbo que aquela relação é. E por que dizer perturbador? (pausa - penso, penso, e...). Perturbador, porque somos exatmente como aquelas duas pessoas que se apaixonaram: CRUÉIS, de não identificarmos que "aquela" pessoa pode ser o nosso GRANDE e VERDADEIRO AMOR ou não ser. Mas, perceber a dimensão do amor simples, claro, objetivo, sem "joguinhos" (como EU ODEIO ISSO) e viver até a última gota, o último suspiro, a última sensação, mas viver sem guerrinhas psicológicas, pois detrás de toda aquela tragédia amorosa está um grande e verdadeiro amor SOBREVIVENTE de todas as adversidades da vida. Incrível que nesse dias lendo esse livro trouxe-me a nítida sensação de uma coisa(...)...Bem, vamos deixar isso pra lá porque é do livro que esse texto trata.
O amor tem disso, sempre vem acompanhado de medos, incertezas, inseguranças de não mais ser EU o senhor absoluto da minha vida e sim sermos NÓS e como é difícil encarar a realidade que muitas decisões já não dependem do meu EGO, depende do outro, depende de nós. Êta sensação conflitante dentro de mim, dentro de ti, dentro de nós...Quero fugir, posso?
Sinto que devo parar por aqui, pois senão serão os meus sentimentos descritos aqui e definitivamente isso não é legal para uma "pseudo-escritora"(rsrs). Entretanto, me despeço com um diálogo desafiador (dentre os ilimitados que tinham):
- Então mente...Diz uma coisa bonita pra mim...
- O quê... Dizer o quê, minha filha?
- Mente diz que me ama
- Eu te amo...te adoro...
Ufa! Conseguiiiii...Confesso: não foi fácil. (vivendo os personagens - rsrs)
Ouvindo: Lenny Kravitz (I'll be waiting) - Inspirador... ;)

Um comentário:

Unknown disse...

Somos capazes de dar a volta ao mundo, de ir a lua e voltar quantas vezes quisermos, mas não somos capazes de definir o que é Amor? Esse sentimento que entra sem pedir licensa e vai corroendo por dentro e tomando conta de todo organismo e não adianta tentar fugir dele, faz parte da nossa essência e que bom que faz parte (ou será que não?). Bem, eu sempre digo a verdade mesmo quando eu minto.
"Eu te amo"