E, hoje eis que somos homenageadas pelo nosso dia; tal dia não nasceu de um mero acaso e sim por conta de um massacre pelo qual várias trabalhadoras passaram ao lutarem por seus direitos tais como: redução da jornada de trabalho, melhores condições de trabalho, equiparação de salários e um tratamento digno, num ato desumano foram trancafiadas dentro da fábrica e em seguida a mesma foi incendiada, cerca de 130 mulheres morreram carbonizadas. Esse lamentável episódio ocorreu em 08 de março de 1857. No ano de 1910, na Dinamarca o dia 08 foi instituído como o "Dia Internacional das Mulheres", mas apenas no ano de 1975 a ONU reconheceu tal data.
Passada algumas décadas continuamos 'lutando' por nossos ideais, a mulher que ao longo dos anos vem se firmando como um ser de fibra, não só pelo acontecimento que originou ao nosso dia, mas como também pela sua luta cotidiana, em ter que demonstrar o quanto esta apta por salários iguais, que consegue ser mãe-esposa-profissional-amante, e ainda assim ter fibra o suficiente para aguentar a discriminação por ser mulher, porque infelizmente ainda somos tratadas como "sexo frágil". Infelizmente, a nossa sociedade patriarcal ainda nos estigmatiza como seres inferiores e que precisam ficar em seus lares cuidando de suas proles, ainda hoje existem várias sociedades em que essa cultura é instituída – mas, respeitemos SEMPRE a cultura de um povo. Todos esses exemplos citados aqui são para dizer o quanto somos especiais do jeito que somos, sejamos brancas ou pretas, magras ou gordas, altas ou baixas...Porque, o nosso dia-a-dia fez com que esquecêssemos a verdadeira essência de sermos mulheres, pois lutamos de maneira desenfreada em sermos melhores uma que as outras.
Na nossa sociedade contemporânea a mulher se tornou uma ameaça uma à outra, pois queremos nos encaixar num modelo hollywoodiano, em que tenho o corpo mais bonito, o sorriso mais perfeito, os cabelos do comercial de shampoo, ainda ‘desfilo’ a tiracolo com o Rodrigo Santoro (bem que eu queria – rs) e o modelo ideal de família é aquela dos comerciais de margarina, mas aí nem sempre (graças a Deus) nos enquadramos nesses estereótipos e o que acontece? Concorrência desleal, traições, fofoca, dentre inúmeras situações controversas. Nesse momento, uma reflexão vem à tona, será que tentar se enquadrar a rótulos faz de nós mais felizes? Fica a pergunta!
Somos vários seres em um só: somos profissionais, somos esposas ou namoradas, somos mãe, somos amigas, somos amantes. Enfim, uma lista infindável de exemplos inclusive o nome deste blog ao qual me ‘personifico’ chama-se Sherazade para os que não a conhecem ela foi uma mulher que desposou um rei que após a noite de núpcias matava suas mulheres, mas como ela era especial procurou uma alternativa que livrasse a ela e as outras mulheres daquele sentimento mesquinho que o rei nutria por ter sido traído por sua ex-esposa que ele amava tanto, então Sherazade resolveu contar uma história que não tivesse fim todas as noites até o amanhecer, mas para aguçar a curiosidade do rei dizia que a mesma continuaria na próxima noite e assim foram durante mil e uma noites até que o rei se apaixona por ela e a livra da morte. (vale a pena ler o livro)
Assim, como a Sherazade nem tudo é regra, temos as exceções, por isso que digo queiramos sim sermos melhores para nós, e não para o padrão imposto, queiramos ter o melhor corpo, porque aquela gordurinha na hora da transa incomoda, queiramos os melhores dentes porque uma saúde bucal é fundamental para a saúde do corpo, queiramos os melhores cabelos porque cabelos brilhantes e ao vento tem o seu charme extra, queiramos o Rodrigo Santoro, mas não esqueçamos porque nos apaixonamos pelo nosso barrigudo, queiramos o melhor não só para nós mas para todos porque nosso mundo anda tão carente desse sentimento que emanar ele todos os dias ao acordar faz bem para a saúde, e ainda ‘de quebra’ dá um viço na pele e te economiza do botóx – rsrs – Feliz Dia das Mulheres, todos os dias! Ainda, nos chamam de sexo frágil.E, não esqueçamos sejamos as atuais “Sherazades”...
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