Amo-te, está tão em voga nos últimos tempos
Amo-te pra lá, amo-te pra cá
Uma disseminação do amor?Ou uma simples banalização desse sentimento?
Bem sei que amar é querer estar ao lado, é querer compartilhar, querer abraçar, é cuidar do outro e ser cuidado, é ligar no final do dia e simplesmente dizer ‘como foi seu dia?’, é ter um colo amigo, é chorar sem sentir vergonha, é transar com amor, é reconhecer um simples olhar, é falar besteiras sem ser criticado, é dormir abraçado bem juntinho com os pés roçando, é desejar tudo de bom à pessoa amada e uma outra tantas infinidades de coisas legais.
Fico eu tentando colocar nesse papel essa expressão tão linda e complexa, mas tão confusa para alguns...
Amo-te? É amo-te? Como? Não sei explicar...
O certo é sentir, é viver, é chorar, é sorrir e aprender, que o amor é inexplicável, vem do nada e se não for cuidado vai para o nada..Mais, não qualquer ‘amor’ e sim àquele maior do puderas imaginar, sentir! Só que ao mesmo tempo o ser humano, como bom ser humano que se preze é, e sempre será egoísta, não sabe compartilhar muitas vezes o sentimento sentido.
Medo de decepção? Medo de rejeição? Medo do fracasso? Ahhh seria aqui uma lista infindável dos ‘medos’ decorrentes do ‘amo-te’, porque ele foi ensinado a ter uma liberdade ilusória que quanto maior a quantidade melhor, não conseguindo perceber que a qualidade dá paz, trás sossego, experiência, maturidade e muitas vezes estabilidade, sim, sim, porque, quando amamos queremos construir algo ou alguma coisa independente de situação financeira e sim uma construção de trocas, afetos, sensações, enfim, uma construção de cumplicidade.
Hoje, porém vemos uma inversão de papéis, pois a nossa “liberdade” é muito maior e melhor do que qualquer amor sentido ou vivido, mas essas pessoas esquecem que a liberdade de se estar ao lado de quem se ama é infinitamente melhor do que amanhecer no outro dia e estar ao lado de um ser desconhecido e querer sair dali de mansinho e se tiver dormindo abraçado desejar querer cortar o braço só pra essa pessoa não lembrar do seu rosto...A realidade está aí...Dura, cruel e injusta...
Mais continuo querendo a liberdade de um amor verdadeiro de como diria Cazuza “Quero a sorte de um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”...Hummm, que delícia, essa sensação que desejo e como diria “ só quero saber do que possa dar certo, não tenho tempo a perder”...E com esse amor ter a maior liberdade que o mundo possa me oferecer e fazer das palavras do poeta minhas “ amar se aprende amando”...
E aí será que ainda “amo-te”?
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